Esgoto tratado vira fonte de energia, combustível e fertilizante

Quando o assunto é sustentabilidade, os assuntos mais discutidos são o desperdício de água e a geração de energia, com busca de fontes alternativas que alimentem a a demanda de consumo da população.
A fim de sanar as duas questões, passou-se a utilizar água de esgoto tratado como fonte de energia renovável, tecnologia que gera desde aquecimento residencial até combustível para automóveis.
Nos países industrializados, assim como o Brasil, há uma grande produção de águas residuais (provenientes de banhos, de cozinhas, de lavagens de pavimentos domésticos ou resultantes de processos de fabricação) diariamente. Essas águas apresentam grandes quantidades de compostos orgânicos, que armazenam energia nas suas ligações químicas. A extração do metano, através de digestão anaeróbia ou a utilização de células de combustível microbianas são métodos que podem ser usados para extrair a energia.
De acordo com informações da Argal Química, do processo de tratamento surgem subprodutos como:
* Água de reúso: água que não é pura o suficiente para o consumo, mas suficientemente limpa para ser empregada na higienização de calçadas, irrigação de jardins e outras tarefas afins;
* Gás metano: Esse gás proveniente do esgoto pode ser utilizado como fonte de energia;
* Pequena Central Hidrelétrica (PCH): As PCHs são pequenas usinas hidrelétricas  instaladas num espaço imediatamente antes do tratamento do esgoto.
Na segunda metade de 2010, o primeiro carro movido a gás metano proveniente do tratamento de esgoto, desenvolvido pela empresa GENeco, com apoio da Wessex Water, responsável pela construção da estação de recolhimento e tratamento do biogás.
Segundo os criadores, a descarga de apenas 70 casas na cidade de Bristol, possibilitou a captura de material suficiente para abastecer o carro por um ano - tomando como base 16 mil km rodados ao ano, segundo reportagem do portal Exame.
No Brasil, a Argal Química utiliza tecnologia para tratar o esgoto de empresas, atitude que pode gerar economia de 50% em custos ligados a sistemas geradores de vapor e resfriamento.
Outro projeto, no estado do Rio Grande do Norte, no Vale do Açu utilizará esgoto tratado como fertilizante. A medida visa vai transformar resíduos em energia tem a adesão de empresários do setor, carnaubeiros, agricultores familiares e estudantes e representará a substituição da lenha de árvores da Caatinga pelo briquete, carvão ecológico a ser produzido a partir de capim, folhas de carnaúba e restos de podas de fruteiras. O capim será irrigado com esgoto tratado, o que pode impulsionar uma política estadual de reuso de efluentes.
Apesar da validade dos experimentos com esgoto tratado na geração de energia e recursos e da necessidade da exploração de fontes alternativas de energia, 57% da população brasileira ainda não tem acesso a esgoto tratado e 19% sequer contam com abastecimento de água em suas residências, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento do Ministério das Cidades, divulgados no segundo semestre de 2010.

A polêmica que envolve o novo Código Florestal

O novo Código Florestal foi aprovado na madrugada desta quarta-feira (25) na Câmara dos Deputados com alguns pontos polêmicos, que causaram divergências entre deputados governistas, da base de sustentação do governo e da oposição.
Agora, a discussão será iniciada no Senado, que poderá alterar os itens polêmicos. Caso haja mudança em relação ao texto aprovado na Câmara, os deputados voltam a analisar o texto do novo Código Florestal. Depois, o código vai à sanção da presidente Dilma Rousseff, que tem a prerrogativa de vetar o texto parcial ou integralmente.
Entenda melhor o Código Florestal, quem está a favor e contra e, o que muda no novo Código acessando esse link: http://glo.bo/iqbvRj

Fonte: G1

Nível do mar pode subir mais que previsto pela ONU, afirma Austrália

Do G1, com informações da France Presse
Estudo divulgado nesta segunda-feira pelo governo da Austrália aponta que o nível do mar pode subir entre 0,5 e um metro até 2100 devido ao aquecimento global. O índice é superior à expectativa do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU) que previa uma elevação entre 0,18 e 0,76 metro para o mesmo período.
“A estimativa plausível de aumento da água do mar até 2100, em comparação com o ano 2000, é de 0,5 a um metro”, cita o relatório com o título ‘A década crítica’, publicado pela Comissão de Mudanças Climáticas australiana. O documento também lembrou também que o nível do oceano aumentou aproximadamente 20 centímetros desde 1880.
Ainda de acordo com a pesquisa,  uma elevação em 50 centímetros já causaria sérios impactos em cidades costeiras como Sidney e Melbourne, que sofreriam graves inundações.
Menos poluição
           O estudo ainda comenta o processo de ‘descarbonização’ da economia do país, para minimizar as emissões de dióxido de Carbono (CO2) e uso de energia limpa até 2050. Segundo o chefe da comissão, Tim Flannery, a Austrália tem exatamente oito anos e sete meses para cumprir a meta de reduzir em 5% as emissões até 2020, em comparação com os níveis de 2000.
A maior nação da Oceania é também uma das mais poluentes em termos per capita, com uma taxa cinco vezes maior que a da China, devido às exportações de carvão e outros recursos naturais. A Austrália assinou o Protocolo de Kyoto em 2007 e atualmente discute a possibilidade de implantar um imposto sobre as emissões de carbono.

Fonte: G1

Ceará é pioneiro em solução eletrônica móvel para fiscalização ambiental


Coletor de dados e
impressora térmica
Até o final de maio, os autos de infração emitidos pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) deixarão de ser preenchidos em papel. A novidade vem da Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC) da instituição que, em apenas quatro meses, desenvolveu um sistema eletrônico capaz de registrar e imprimir as autuações realizadas pelas equipes de fiscalização ainda em campo, através de um aparelho coletor de dados e impressora térmica. O Ceará é o primeiro estado brasileiro a adotar a solução móvel.

De acordo com o diretor da DTIC, Luiz Correia, a concepção do projeto não é nova e foi inspirada em uma proposta apresentada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) durante evento realizado em 2009. “O que nós fizemos é baseado no projeto do Ibama. Aproveitamos as informações técnicas sobre o coletor de dados e a impressora térmica e desenvolvemos a ideia aqui”, revela Correia. O processo de compra dos equipamentos se deu no decorrer do ano passado, quando foram adquiridos 100 coletores e 70 impressoras.

Luiz Correia (no centro)
ao lado do presidente do Ibama,
Curt Trennepohl (a esquerda).
Ainda segundo Correia, durante esta semana, algumas equipes da Coordenadoria de Fiscalização (Cofis) da superintendência utilizarão o material de forma experimental. “Apesar de o sistema estar finalizado, ainda é necessário ver o seu desempenho em campo”, explica o diretor que apresentou a solução no Ibama (em Brasília) no último dia 10.


Além da lavratura de autos de infração, o novo sistema permite também a inclusão de notificações, termos de apresentação/depósito e de embargo/interdição. O coletor de dados, no qual foi inserido, também pode ser utilizado como câmera fotográfica, GPS, leitor de código de barras, telefone e para acesso à internet. Além disso, o aparelho possui wireless, bluetooth, software de geoprocessamento/mapeamento e demais funcionalidades de um dispositivo móvel, como editor de texto, planilha e slides. Toda essa tecnologia está voltada para modernizar a fiscalização e monitoramento ambientais executado pela Semace no território cearense.
                  




Estudo mostra contribuição das UCs para a biodiversidade e economia nacional

Foto Estudo mostra contribuição das UCs para a biodiversidade e economia nacional
Palê Zuppani/MMA

A criação de Unidades de Conservação (UCs) - áreas especialmente criadas pelo poder público com o intuito de, entre outras finalidades, proteger recursos naturais considerados relevantes - é uma das formas mais efetivas de se garantir a manutenção e o uso sustentável de ativos ambientais.
Estes espaços protegidos desempenham papel crucial na proteção de recursos estratégicos para o desenvolvimento do País e contribuem para o enfrentamento do aquecimento global. A novidade apresentada pelo estudo Contribuição das Unidades de Conservação Brasileiras para a Economia Nacional, lançado nesta quarta-feira (18/5) em Brasília, durante as comemorações do Dia Internacional da Biodiversidade,  é que além de serviços ecossistêmicos, como garantia de água para a população e para diversas atividades produtivas, as unidades de conservação podem gerar benefícios lucrativos e atividades produtivas para populações tradicionais.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirma que a discussão da biodiversidade não está  restrita à proteção de plantas e animais, e que o papel das UCs ainda não foi muito explorado no cenário econômico nacional.
"É importante lembrar que criar áreas protegidas não é ir contra o desenvolvimento. Temos que mostrar à toda sociedade brasileira como o tema está presente na vida cotidiana do cidadão, como por exemplo, os produtos florestais, o uso público destes espaços, o estoque de carbono, o turismo, a garantia de água e a repartição de receitas tributárias. Somos o G1 da biodiversidade no planeta, e temos um pré-sal de petróleo e outro de biodiversidade. A sociedade brasileira tem que entender o que significa a conservação da biodiversidade no seu dia a dia", afirma Izabella Teixeira.
Benefícios
Para se ter uma ideia, no que se refere a atividades econômicas dentro ou no entorno destas áreas protegidas, a publicação demonstra que a soma das estimativas de visitação pública nas unidades de conservação federais e estaduais pode alcançar um público de cerca de 20 milhões de pessoas em 2016 (caso o potencial destas UCs seja devidamente explorado), o que pode acarretar uma renda de R$ 2,2 bilhões no mesmo ano.
A previsão de visitação em 67 parques nacionais já existentes no País pode gerar entre R$ 1,6 e 1,8 bilhão por ano, considerando-se as estimativas de fluxo de turistas no Brasil até 2016.
A produção de borracha em 11 reservas extrativistas (resex) do bioma amazônico avaliadas  já chega a R$ 16,5 milhões anuais. Já a produção de castanha do Pará em apenas 17 resex analisadas  na Amazônia tem potencial para chegar à cifra de R$ 39,2 milhões por ano.
Em relação aos efeitos das mudanças climáticas, a criação e manutenção das unidades de conservação no Brasil impediu a emissão de pelo menos 2,8 bilhões de toneladas de carbono, o que pode ser convertido em um valor monetário de aproximadamente R$ 96 bilhões.
Além disso, 9% da água captada para consumo humano são provenientes de UCs, e  80% da hidroeletricidade brasileira vêm de fontes geradoras que têm pelo menos um rio tributário a jusante (sentido em que fluem as águas de uma corrente fluvial) das UCs. Do fluxo captado para irrigação e agricultura, pelo menos 4% são provenientes de fontes localizadas dentro ou abaixo das UCs.
Serviços Ambientais
De acordo com o secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Bráulio Dias, as unidades de conservação são territórios importantes para promover a conservação e a provisão de serviços ambientais que contribuem para o crescimento e manutenção de diferentes cadeias econômicas.
Ele explica que muitas áreas protegidas do mundo foram criadas com o objetivo de assegurar as condições para que, por exemplo, os mananciais hídricos atendam aos principais usos humanos, como abastecimento público, agricultura e geração de energia.
"Reduzir a perda da biodiversidade não se consegue apenas com ações de comando e controle, como fiscalização e apreensão. Temos que investir na construção de modelos alternativos de exploração sustentável. Se não conseguirmos fundamentar a ideia da floresta em pé como ativo econômico de valor, não conseguiremos proteger nossa biodiversidade", afirma o secretário.
Dias ressalta também que um dos objetivos do MMA é criar  novas possibilidades para as comunidades que vivem dentro das unidades de conservação. "Nosso compromisso é  ter uma nova estratégia para a biodiversidade consolidada e aprovada para a Rio+20, com o planejamento para esta década. Nosso maior desafio é promover uma estratégia de desenvolvimento sustentável do Brasil".
O estudo foi desenvolvido pelo Centro de Monitoramento de Conservação Mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e pelo MMA,  sob coordenação das universidades fluminenses UFRJ e UFRRJ, e com o apoio técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Cooperação Técnica Alemã(GIZ).
Recursos hídricos
Dos 1.164 empreendimentos de geração de energia hidrelétrica outorgados ou em construção computados em 2010, 447 (38,4%) estão localizados abaixo de unidades de conservação federais. 
Cerca de 34,7% do volume anual constante de captação de água são provenientes de fontes  localizadas dentro ou no entorno de unidades de conservação federais. 
O estudo revela ainda que a manutenção de 65% da vegetação natural de uma bacia garante 50% do volume médio do rio, e que bacias hidrográficas florestadas tendem a oferecer água de melhor qualidade do que as submetidas a outros usos, como agricultura, indústria e assentamentos.
Na maioria dos casos, a presença de florestas pode reduzir substancialmente a necessidade de tratamento para água potável, e assim reduzir os custos associados ao abastecimento de água. Cerca de um terço das maiores cidades do mundo obtêm uma proporção significativa de uso da água potável diretamente de áreas florestadas.
Nas bacias hidrográficas e mananciais com maior cobertura florestal, o custo associado ao tratamento da água destinado ao abastecimento público é menor que o custo de tratamento em mananciais com baixa cobertura florestal. Por isso é importante a função das áreas de preservação permanente (APPs), que envolvem nascentes, veredas, encosta, topos de morro e matas ciliares.
Receitas Tributárias
Se por um lado a presença das UCs impede a realização de certas atividades econômicas, por outro  pode estimular outras capazes de gerar impacto positivo nas economias locais de municípios afastados dos grandes centros.
No Brasil, 14 estados aprovaram legislação específica para a aplicação do ICMS Ecológico em seus territórios. Os critérios para os repasses aos municípios e seus respectivos cálculos podem variar em cada caso, e a presença de uma unidade de conservação é um critério adotado na definição destes valores. Quanto maior a extensão e o número de áreas protegidas no município, maior é o montante repassado de ICMS ecológico ao município. A receita suplementar repassada aumenta o orçamento municipal, provocando efeitos secundários sobre o desenvolvimento local, como turismo e visitação.
Em 2009, o  mecanismo ICMS ecológico garantiu a transferência anual de mais de R$ 400 milhões para as administrações municipais como compensação pela presença destas áreas protegidas em seus territórios.

Etanol brasileiro é inspirador!



O modelo de produção de etanol brasileiro deve servir de inspiração para o mundo. A avaliação é do presidente da Comissão de Economia, Infraestrutura, Transporte e Tecnologia da Assembléia Legislativa do Estado da Baviera, na Alemanha, Erwin Huber. “O futuro pertence às energias renováveis e o etanol faz parte desta matriz, principalmente na área do transporte”, afirmou.
O parlamentar alemão esteve em São Paulo junto com outros dez deputados para intensificar parecerias e acelerar o acordo de cooperação técnica assinado em 2004. Na Alemanha, o etanol é produzido a partir da beterrada, diferente do caso brasileiro, a partir da cana-de- açúcar.
Em janeiro deste ano, os alemães passaram a adotar a mistura de 10% do etanol na gasolina, mas naquele país, segundo Huber, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre a atuação do etanol nos motores dos automóveis.

Até 77% da energia no mundo pode ser renovável até 2050, aponta ONU

Até 77% da energia elétrica consumida no mundo poderá vir de fontes renováveis - como solar, eólica, hidrelétrica e biomassa - até 2050. O número poderá ser considerado um grande avanço ante a participação de só 13% dessas fontes em 2008, de acordo com um relatório divulgado nesta segunda-feira (9) em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o estudo, porém, o avanço depende de políticas públicas que ofereçam suporte para o desenvolvimento das fontes de energia limpa.
O estudo afirma que uma participação maior das fontes de energia renováveis pode reduzir de 220 a 560 gigatoneladas a emissão de gases causadores de efeito estufa entre 2010 e 2050. O volume representa redução de 33% nas projeções baseadas nos modelos atuais de emissão de poluentes. Essa diminuição permitiria manter a concentração de gases em 450 partes por milhão (ppm) na atmosfera - nível que os cientistas consideram necessário para evitar o avanço da temperatura global em 2ºC até o final do século, conforme o objetivo da Convenção do Clima da ONU.

Critérios
O estudo fez uma avaliação de quatro possíveis cenários para as próximas quatro décadas, levando em conta o crescimento da população, o consumo de energia per capita e a eficiência da produção e consumo de energia, além de outras variáveis, como o custo-benefício das fontes renováveis. No cenário considerado mais otimista pelo IPCC, 77% de energia seriam provenientes de fontes renováveis, enquanto no pior cenário esse índice ficaria em 15%.
O estudo lembra que, em alguns casos, a geração de energia limpa ainda não é viável economicamente. No entanto, se forem contabilizados os custos monetários dos impactos ambientais, como a emissão de poluentes, cada vez mais tecnologias limpas passarão a ser atrativas também sob o ponto de vista econômico.

Fonte: G1

Criação da Agência Nacional de Energias Renováveis

           A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) do Senado Federal aprovou, na semana passada, a proposta que autoriza o Poder Executivo a criar a Agência Nacional de Energias Renováveis (Aner), voltada para a utilização das formas mais limpas de transformação de energia e para seu uso sustentável, como é o caso da eólica e da solar.
Pelo projeto de lei (PLS 495/09), que segue agora para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em decisão terminativa, a nova agência terá como objetivo institucional a coordenação do processo de transição do uso intensivo de energias não renováveis para formas renováveis, bem como o estudo e a elaboração de políticas públicas para apoiar o aprimoramento da matriz energética nacional, visando ao desenvolvimento sustentável.